Aqui vai um texto sobre o livro, e o motivo de ler ele primeiro caso queira cair de cabeça no maravilhoso universo de Isaac Asimov.
Os robôs não eram nenhuma novidade em 1939, a palavra robô apareceu originalmente na peça R.U.R, de Karl Capek, que foi encenada a primeira vez em 1921 na Checoslováquia, mas que logo foi traduzida para muitos idiomas.
R.U.R. significa “Rossum’s Universal Robots” [Robôs Universais de Rossum]. Rossum, um industrial inglês, produziu seres humanos artificiais para fazer todo o trabalho mundano e libertar a humanidade para uma vida voltada para a criatividade.
O termo “robô” vem de uma palavra checa que significa “trabalho compulsório”.
Isaac Asimov se apaixonou por esse mundo, e por mais que não tenha criado a ficção científica, com toda certeza foi uma das principais referências do gênero! E Eu, Robô mostra isso com maestria.
O título não foi seu primeiro trabalho de impacto, mas acredito que essa obra deva ser lida primeiro, caso você queira embarcar na obra de Asimov, pois somos apresentados a um mundo que começa extremamente simples e que vai se tornando complexo ao longo das páginas.
Além disso Eu, Robô apresenta as 3 leis da robótica que são usadas como base até hoje para inúmeras aplicações, que são:
1) um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal.
2) os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei.
3) um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.
Essas leis foram criadas pois as criações de uma mega empresa como a U.S. Robots and Mechanical Men precisam ter salvaguardas, para que elas (as máquinas) não tomassem o controle do sistema solar.
E dentro dessa mega corporação que temos contato com Susan Calvin, psicóloga roboticista que aos seus 75 anos finalmente aceita conceder uma entrevista contando sobre sua carreira e os avanços da robótica ao longo do tempo.
Ela reluta no começo, contando apenas coisas mais simples como o caso de Robbie, onde uma criança tem junto de si um robô que serve como companheiro, e seus pais não estão mais satisfeitos com a presença dele devido julgamento dos vizinhos ou por não ser mais socialmente aceito.
E ao longo do livro somos apresentados para situações que normalmente não se imagina, como um robô que começa o princípio de religião em sua raça, outro que tinha o poder de ler a mente dos seres humanos e até como a robótica interferiu diretamente em eleições!
Temos o prazer de crescer junto com os 9 capítulos, cada um sobre um ocorrido que Susan presenciou.
O mais engraçado é traçar um paralelo com os dias de hoje e ver como em inúmeros casos, Asimov acertou em cheio sobre os rumos da humanidade.
E caso você esteja se perguntando se o Filme “Eu, Robô” com Will Smith tem alguma coisa parecida com o livro, existe sim algo igual: o nome.